«Educar o amor é, em primeiro lugar, purificá-lo. Purificá-lo é libertá-lo da procura de si mesmo. Uma vez correspondido o amor, obtido o consentimento, cada um dos noivos ou esposos se deve preparar para viver para o outro. O homem deve pôr a sua felicidade em tornar a mulher feliz e integralmente realizada; a mulher, em tornar o homem feliz. O amor, para o homem, deve ser a alegria de tomar para si a mulher que se lhe confia e assegurar-lhe uma vida que lhe permita realizar-se perfeitamente; o homem deve empreender com entusiasmo a obra cuja finalidade é tornar a mulher feliz, assegurar-lhe a atmosfera que legitime todas as suas esperanças. E a mulher deve ver no amor a alegria de ser a animadora, o sustentáculo e a força do seu marido, aquela graças à qual ele será capaz de afrontar a vida.
Mas ambos deverão aumentar ainda o seu amor e libertá-lo de si mesmos; deverão sublimá-lo, centrando-o sobre a obra que lhes será comum – os filhos, cujo lugar no amor conjugal é imenso.
Observemos desde já que este lugar do filho opõe ainda o amor conjugal ao 'amor' impuro extra-conjugal porque, para este, o filho é um embaraço e um acidente lamentável. Este 'amor' apenas se limita aos amantes e não pode alargar-se até ao ponto de os superar pelo filho, no qual, pelo contrário, encontra o amor conjugal a sua mais alta consagração, a sua mais perfeita expressão, a par da sua mais completa realização.»
(Jacques Leclercq, "Casamento e família", edição de 1942, página 85)
Fonte: A Dignidade da Mulher Católica
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