Fui professora de língua inglesa por anos, e além de ter turmas regulares em cursos livres, também trabalhei dando aulas particulares para executivos, in-company. Para esse público, que precisa aprender rapidamente, para atender a demandas de empresas multinacionais, existem os chamados “banhos de imersão”, aulas em resorts ou hotéis, com grupos fechados de alunos e monitores, falando inglês o dia inteiro, a fim de simular a situação de vivência em um país de língua inglesa. Inserido naquela situação, o aluno vai se adaptando à sonoridade e à estrutura da língua, assimilando aspectos de forma muito mais rápida do que em uma situação de aprendizado tradicional (sala de aula). Há relatos bastante positivos dessas experiências de imersão, que se revelam eficazes.
Tenho pensado sobre os efeitos de os católicos vivermos “imersos” em um ambiente na maioria das vezes hostil à Igreja e com valores morais invertidos. É certo que nadamos contra a corrente, que precisamos nos manter fiéis, mas que efeitos essa imersão tem em nós ?
Como mãe que trabalha fora e tem pouco tempo para bate-papos com o filho adolescente, aproveito situações reais ou programas de TV para saber como ele pensa e fazer meus comentários, mostrar o certo e o errado.
Um dia desses, na TV passava uma cena de novela, em que um casal que mal se conhecia estava passando dos beijos ardentes para algo mais, e meu filho se concentrava mais no videogame que na tela da TV.
Comentei: “Não sei como essa gente sai transando por aí com quem mal conhece...”
Ao que ele retrucou, na hora: “Absurdo mesmo é como essa gente sai fazendo sexo fora do casamento...”
Concordei na mesma hora, afinal ele está certíssimo... fiquei pensando como foi que cheguei ao ponto de levar um pito desses de um menino de doze anos... a minha conversão foi tardia, somente há seis anos tenho buscado compreender e viver a doutrina e a moral católica. Vivi, portanto, trinta e um anos imersa nos valores do mundo, começando com uma educação mais “liberal” – minha mãe, como muitas, já não exigia de mim que guardasse a castidade, e depois de um certo tempo, concordava que eu dormisse na casa do meu noivo - pensava que “antes assim do que estar pela rua” – e percebi o impacto que isso tem no meu discernimento moral.
Já meu filho, graças a Deus, tem sido educado como católico praticante desde a idade da razão, estuda em escola católica, ou seja, embora não viva em uma redoma, de uma certa forma seu ambiente é mais controlado. Isso, aliado ao que meu marido e eu ensinamos, ao que ele aprendeu na catequese, às homilias que ouve, fez com que, para minha felicidade, o discernimento dele esteja bem “afiado”. A idade crítica ainda está por vir, e eu espero que essa base bem sedimentada seja forte o suficiente para que ele a atravesse sem desvios.
Caramba, o relacionamento sexual está tão banalizado hoje que é fácil perder o foco, que é a sacralidade do matrimônio... que importa que os dois tenham se conhecido naquele dia, ou que sejam namorados? O fato é que se não estão unidos em matrimônio e fazem sexo, estão pecando...
Para começar, como encaramos o matrimônio? Temos fé em sua indissolubilidade, ou compramos a ideia do mundo de “que seja infinito enquanto dure”, e que se não se acerta “de primeira”, se pode ser feliz numa segunda união? Quantos de nós levantamos a voz para defender a posição da Igreja?
Será que essa imersão na total inversão de valores está nos deixando com a consciência frouxa? Estamos assimilando os valores errados "por osmose”? Será que por respeito humano temos adotado posturas tolerantes com o erro? Precisamos nos fazer essas perguntas e responder de forma honesta, para que a reflexão se traduza em mudança de mentalidade. Fiquemos espertos, para não vivermos imersos na lama do mundo... #ficaadica
Excelente observação, Maitê! Vale a reflexão para todos os casais, principalmente aqueles que já tem filhos, seja qual for a idade.
ResponderExcluirPaz e Bem!
Rosseline! truque? nenhum hehehe plantas, só artificiais ou beeeem altas; cortinas: estão detonadas; sofá: detonadíssimo; lençóis da cama box: detanado nas beiradas porque afiam a unha lá ahahahaa não tem jeito, MAS EU AMO esses meus gatos bjs pra vc e para a Filó
ResponderExcluirCarmen