sábado, 11 de junho de 2011

Os Medos de uma Mãe no Mundo de Hoje

 

Está muito difícil ler as notícias esses dias. Bebês abandonados em lixeiras, em dias frios, jogados na água para morrer, agredidos por quem deveria cuidar deles… Idosos agredidos por seus filhos, netos, sobrinhos… é difícil não se emocionar com as histórias que lemos. Fico imaginando a estrutura que precisa ter um policial, um promotor, um defensor, um juiz da infância, do idoso, uma assistente social, um médico, enfim, os profissionais que lidam com isso em seu dia-a-dia…

Crimes chocantes e violência sempre existiram, mas, de alguma forma, as crianças e idosos eram poupados, por não poderem se defender… mas de uns tempos para cá a covardia passou a ser generalizada… é o ser humano indo ladeira abaixo…

O que mesmo nos separa dos animais? Já que estamos sempre lutando pelo “direito” de satisfazer nossos instintos e desejos, “dando uma banana” para o que é certo, para a responsabilidade? Tô a fim de sexo, vou ali e “dou umazinha”, seja com quem for, homem ou mulher, ou “me resolvo” com um vibrador. Tô entediado?  Fumo um e fico de boa. Não tô a fim de ser mãe, aborto. EU, EU, EU.

Os outros não existem, ou existem somente na medida em que nos são úteis… me fechou no trânsito, merece morrer, se furou fila na minha frente, merece morrer, roubou meu namorado, merece morrer,  se discorda de mim, merece morrer. Discussões bobas acabam em morte.

Isso tudo só tem um motivo: a desagregação da família. É no seio da família que se aprende a obedecer, a esperar sua vez, a respeitar a diferença, a cuidar uns dos outros…  sem essa ambientação, o individualismo exacerbado vai fazendo mais vítimas.

A sensação de impotência diante desse mundo é paralisante. Grávida do meu terceiro filho, tenho medo de vê-los sofrer… o que eu posso, sim, fazer, é rezar, e muito, por eles. Dizem que oração de mãe é forte. Eu tenho contado com isso.

Um comentário:

  1. Sou protestante visitando este blog católico. E concordo com o que está escrito aqui. Vivemos tempos sombrios, e cumpre a nós, cristãos, sermos a luz destes tempos. Vivermos no mundo, mas não sermos do mundo.

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