A
França suspendeu hoje a venda da pílula Diane 35, ligada à morte de
quatro mulheres em 25 anos, anunciou a Agência de Segurança Nacional do
Medicamento e Produtos de Saúde (ANSM) francesa.
O
diretor da ANSM, Dominique Maraninchi, disse em conferência de imprensa
que a medida será aplicada de modo faseado durante três meses para
permitir às utilizadoras do medicamento encontrarem uma alternativa.
A
ANSM tinha anunciado no domingo que relacionou a Diane 35, do
laboratório Bayer, com quatro mortes por trombose venosa, depois de uma
investigação que começou com a denúncia de uma jovem vítima de um
acidente vascular cerebral.
O medicamento é autorizado para tratar
a acne, mas os médicos têm-no receitado como contracetivo porque impede
a ovulação, disse Maraninchi.
"Este medicamento não está
autorizado para utilização como contracetivo", insistiu, adiantando que
existem em França "muitos contracetivos alternativos que podem ser
usados".
Em 25 anos, quatro mulheres morreram de coágulos
sanguíneos atribuídos à Diane 35, segundo a ANSM, que indicou que mais
de 300 mil mulheres usam o medicamento como contracetivo em França.
No último
domingo (27), o Ministério Público francês abriu um inquérito preliminar
para avaliar 14 casos relacionados ao uso da Diane 35.
O
medicamento também é comercializado no Brasil e está sendo avaliado
pelas autoridades de saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) informou que está acompanhando o caso para avaliar que medidas
devem ser tomadas.
Segundo informações da agência brasileira, até o
momento, não foram notificados relatos de profissionais de saúde sobre
problemas envolvendo o uso do Diane 35. No Brasil, a bula do medicamento
já traz alertas referentes ao risco de trombose arterial ou venoso
devido ao uso do produto.
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