segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Aprende a amar, de verdade

Certa vez, conta um sacerdote, assustei um jovem marido que me pedia conselhos sobre o seu matrimónio em perigo. O jovem falou da sua esposa de forma tão negativa que me parecia impossível que continuasse a viver com ela.

Dei-lhe então o meu conselho: tens de divorciar-te da tua esposa.

Aquele jovem ficou aterrorizado por um sacerdote lhe dar semelhante conselho, e quase desmaiou quando o padre insistiu no mesmo, dizendo:
-Sim, tens de divorciar-te e casar com outra mulher!
-Mas como um sacerdote me diz isto? Não entendo, replicou.

Eu expliquei-lhe a sorrir: Sim, tens de divorciar-te da mulher ideal dos teus sonhos e casar-te com a mulher real, de carne e osso, que tens na tua casa.

Deus não nos ama por sermos dignos de amor; mas somos dignos de amor porque Deus nos ama!

Amar verdadeiramente significa ver e aceitar o outro exactamente como é, com todos os defeitos que tem, e não como deveria ser ou como gostaríamos que fosse. O amor unicamente fundado nas qualidades e virtudes dos outros não é o verdadeiro amor. Amam-se as qualidades físicas, psicológicas, morais ou as virtudes espirituais dos outros, mas não se ama a pessoa, que é o sujeito profundo dessas qualidades. Se o amor chega a ser pessoal; o amor a uma pessoa única e irrepetível, não vai desaparecer, ainda que as qualidades dessa pessoa desapareçam ou diminuam, com o tempo. A pessoa é sempre a mesma, ainda que mude com o passar do tempo.

Fonte: A Dignidade da Mulher Católica

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