segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Revolução grisalha: adeus tinturas, cabelos brancos estão na moda

Revolução grisalha: adeus tinturas, cabelos brancos estão na moda
(Fevereiro) A diretora da 'Vogue' britânica Sarah Harris - GETTY IMAGES/AFP

AFP

 

Os cabelos brancos estão na moda e cada vez mais mulheres optam por deixar de pintar as madeixas para assumir uma cabeleira prateada, livrando-se da escravidão das convenções estéticas baseadas no culto à eterna juventude.
Escritora e jornalista especializada em moda, Sophie Fontanel decidiu há dois anos dar adeus à tintura e deixar seu cabelo ficar naturalmente branco.

Uma experiência que compartilhou durante todas as etapas com 119.000 seguidores no Instagram e que relata no livro “Une apparition”, que será lançado em Paris na próxima semana.

A tendência de assumir o cabelo branco chegou à Europa vinda dos Estados Unidos e se popularizou há alguns anos: mulheres de 30, 40, ou mais anos, expressaram em sites como “Revolution Gray” (Revolução Grisalha) o fato de estarem fartas de se submeter a pinturas regulares e sofrer com os produtos químicos.

Para Sophie Fontanel, que frequenta a Semana da Moda, trata-se, antes de mais nada, de uma questão estética. Ela reivindica o lado militante de sua opção e, por isso, resolveu converter a própria experiência em algo interativo, ao postar regularmente fotos dos vários estágios de crescimento de seus cabelos brancos.

– Fim dos preconceitos –

“Ao constatar minhas próprias reticências em deixar o cabelo branco, me questionei sobre o que isso queria dizer. E disse a mim mesma que seria interessante compartilhar essa reflexão com outras pessoas, para ver a reação delas”, explica.

“Sabia que geraria interesse, mas não a tal ponto! Recebo uma grande quantidade de mensagens em privado que me dizem: ‘olha, também fiz isso’. E me dou conta de que inspirei muitas outras mulheres”, comemora.

“Precisei de certa audácia”, confessa.

“Acho que as mulheres, por causa dos convencionalismos, evitam testar formas diferentes de beleza”, reflete Sophie.

A jornalista, que trabalhou por 15 anos para a revista Elle e hoje tem uma coluna sobre moda na revista L’Obs, quis acabar com todos os preconceitos sobre o cabelo branco: que são muito grossos, que é preciso manter sempre curtos, que os homens não gostam…

Na moda, alguns nomes abriram caminho. A americana Kristen McMenamy, modelo dos anos 1990 conhecida por seu estilo andrógino, resolveu assumir os cabelos grisalhos aos 40 anos. Também frequentadora assídua de Semanas da Moda, a jornalista da edição britânica da Vogue Sarah Harris igualmente exibe uma longa cabeleira prateada.

– Uma opção a mais –

O grisalho também conquistou estrelas como Lady Gaga e Rihanna, que pintaram seus cabelos com esse tom.

Os cabeleireiros aproveitam a tendência e propõem soluções para acompanhar o período de transição e atenuar o efeito bicolor, explica o diretor artístico da cadeia de salões Maniatis, André Delahaigue.

As vendas de produtos para evitar que o cabelo branco fique amarelado estão aumentando: +28,48% para Franck Provost desde 2016 e +17,85% para Jean Louis David.

“Para as mulheres, os cabelos brancos sempre foram malvistos do ponto de vista estético, já que eram exclusivamente associados à decadência física”, comenta o sociólogo Frédéric Godart.

“Junto com o prolongamento da expectativa de vida e com a afirmação progressiva das mulheres em todas as profissões e nos meios de comunicação, as coisas mudaram: um sinal de envelhecimento se converte em uma opção estética como outra qualquer”, completa Godart.

Mesmo assim, os cabelos brancos das mulheres ainda não são valorizados como no caso dos homens, “percebidos de maneira positiva, por exemplo, como um sinal de sabedoria”, ressalta o sociólogo.

E a pressão social continua sendo muito forte: a escritora Tatiana de Rosnay contou à Paris Match, em 2016, que foi vítima de deboches quando deixou de pintar o cabelo.

“Não tenho medo de envelhecer e mostrar isso”, declarou a cantora Lio, por sua vez, à revista L’Obs

Fonte: Revista IstoÉ

quinta-feira, 23 de março de 2017

Cabelos Grisalhos - Cuidados + Produtos + Finalização


A Kika resolveu assumir os seus grisalhos e vem partilhando conosco esta experiência.


Assim, postou na sua página no YouTube - Pagina da Kika - um vídeo sobre os produtos que tem usado nessa nova fase, bem como, suas considerações sobre ela.


Fonte: Página da Kika (YouTube)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Jovens, Lindas e Grisalhas!

Sara Harris: Editora de Moda da Vogue

Sam Gold: modelo

Rubia Rubita: 40 anos, assumiu os gris aos 38 anos

 Kika: Há quase 6 meses sem tinta
 
 Elisa Colepicolo - 34 anos

 Carla Vilhena - Jornalista da TV Globo

Por que jovem tem cabelo branco sim!
Por que algumas o cabelo branco pode aparecer ainda na adolescência.
Por que ninguém deve ser obrigada a pintar o cabelo, se não quiser, nem ser julgada por isso!

Por que cabelo grisalho/cinza/branco pode ser bonito sim!

PS: Todas as mulheres das fotos tem o cabelo natural (sem tinta)

Para quem quiser seguir:

Rubia Rubita: http://www.rubiarubitahome.com
Kika: https://www.youtube.com/user/PaginadaKika
Elisa: https://projetogris.wordpress.com/
Carla Vilhena: https://carlavilhena.com.br/

Fonte das Photos: Sites, Blogs e Google.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Afinal, Cabelo Branco envelhece?

Silvestorm: Modelo, mais de 50 anos, cabelos grisalhos e linda!
 
Será que o cabelo branco envelhece mesmo? 
Que tal repensar os seus conceitos? 
 
As mulheres no Brasil morrem de medo de admitir (e mostrar) que tem cabelos brancos.
Agora que resolvi assumir os meus fios, fico cada vez mais impressionada com a pressão que nós mesmas, nos impomos, de forma desnecessária.
Argumentos como:
 
"Você vai parecer mais velha com o cabelo branco!"
Será?
 
Annika Von Holdt


"Cabelo branco é coisa de velha!"
 
É mesmo?
 


"Não tem como ser bonita com cabelo branco!"
 
Não mesmo?
 


"Você é muito nova para ter cabelo branco!"
Sou?
 
Sara Harris - editora de moda da Vogue, menos de 40 anos

Bem, pelas fotos que coloquei aqui vemos que:
a) Não é o cabelo branco que vai deixar você mais velha 
Pode ser sua roupa, sua postura, seu corte (ou falta dele), etc...
Você pode pintar o cabelo e colocar uma cor que vai te deixar mais velha, mesmo sem ser a branca.
Quando a cor natural do seu cabelo pode sim, ser linda e não te envelhecer.
b) Cabelo branco não é coisa de velha
Tem meninas que começam a ter cabelo branco com 15, 20, 30 anos.
Tem muitas mulheres que aos 30/40 anos tem mais cabelos brancos que muitas senhoras com 50.
O cabelo branco é a falta da cor, do pigmento; e não é coisa (somente) de velha.
c) Você pode ser linda com os seus cabelos brancos/grisalhos
A sua beleza não reside (somente) no seu cabelo e não é a cor do cabelo que define se alguém é bonito ou não.
A pessoa pode pintar o cabelo a cada 15 dias, nunca mostrar os fios brancos, e não ser bonita - porque não cuida de outras coisas (corpo, roupa, corte cabelo e, principalmente, do interior).
d) Não sou muita nova, porque cabelo branco não tem idade
Fui essa semana no salão e ouvi isso.
Aí respondi: 
"Também me acho nova. Mas se eles apareceram... O que fazer?"
rs
Pintar? Só porque todas pintam? Não!
Há opção!
Se assumir!
Se gostar como você é!

Como já falei acima, o cabelo branco não tem relação (somente) com a idade, já que muitas meninas novinhas (15-20 anos) já tem cabelos brancos. O surgimento dos brancos tem relação com a ausência/diminuição de melanina (que ocorre com a idade), mas, também, com a hereditariedade, deficiência hormonal, etc.
O importante, penso eu, é acabar com esse "estigma" de que:
Branco envelhece.
Cabelo branco é feio.
Mulher de cabelo branco é desleixada  
(experimenta pintar o cabelo sempre e não cuidar do corpo).
Não tenho nada contra que pinta, mas, contra a OBRIGAÇÃO de se pintar o cabelo; de não poder se assumir, sem que os outros te digam (sem você perguntar) que isso é coisa de velho, que você é nova para isso, que vai te envelhecer... porque esses argumentos não são consistentes e não se sustentam.
Sinceramente:
Será que é mais feio uma mulher nos seus 40/50 anos de cabelo grisalho OU uma mulher nos seus 60/70/80 com cabelos vermelhos, cor de graúna.. rsrs.
Quem é mais artificial?
Quem está se enganando?
Quem vai parecer mais jovem e quem vai parecer mais velha?
Fonte: 
Sobre o surgimento dos brancos: Dra. Ana Flávia (dentre outros)
Fotos: Internet (Google)

domingo, 18 de dezembro de 2016

Respeite meus Cabelos Brancos!




OS CABELOS BRANCOS SÃO UMA COROA DE GLÓRIA
A QUEM SE ENCONTRA NO CAMINHO DA JUSTIÇA!
PROV 16, 31


Sempre achei bonito as senhorinhas de cabelo branco.
Pensava, vagamente, em ficar assim.
Há alguns anos vi uma senhora com cabelo chanel, todo branco; lindíssimo!!!
Ela frequenta a Igreja. Altiva, nada de senhorinha, devia ter seus 50/60 anos. E era/é linda!
Até que meus cabelos brancos começaram a aparecer.
E agora????
No início pintei; desde julho não retoco a raiz.
Nem tem muito, na verdade, mas como meus cabelos são escuros, aparece mais e eles são atrevidos, ficam bem na frente; da metade para baixo não tem branco.
Então, agora que surgiu a "hora", na verdade, passou (rsrsrs), de retocar; comecei a pensar por que não deixá-los e assumir os brancos que irão surgir?
Vi esse provérbio que coloquei e isso me pareceu um sinal.
Aí comecei a pesquisar sobre o assunto e vi que tem muitas mulheres, mais novas, mesma idade e mais velhas do que eu que estão assumindo os seus cabelos brancos.
Vi artigos.
Vi vídeos.
Descobri que tem um livro escrito por uma mulher contando a trajetória dela ao decidir assumir os brancos. Não achei para comprar, esgotado nas livrarias.
 
 
Sei que não será fácil; que serei questionada; julgada; questionada de novo...rsrs..
Mas, por que não tentar?
Se deixar escuro, haverá quem vai perguntar porque não clarear...
Se ficar loira, haverá quem não vai gostar.
Se eu ficar ruiva, também ouvirei críticas.
E, se deixa-los grisalhos, não será diferente.
Portanto, de todas as formas, vai ter quem goste, vai ter quem não goste.
O importante, é eu gostar. Eu me sentir bem.
Se não ficar bom, se eu me cansar... tenho a opção de pintar.
Não quero ficar loira (nada contra);
Não tenho saco para ir a salão a cada 15 dias... eu ficava 2/3 meses para retocar a raiz.
Um dia, mais velha, certamente iria querer assumir os brancos; então, vi que o melhor é assumir logo, será menos traumático para mim (pelo menos) e para os outros.
Encontrei uns vídeos da Rubia Rubita onde ela fala sobre a questão. Ela decidiu assumir e radicalizou, já tinha muitos cabelos brancos; foi, certamente, muito sofrido, então, melhor assumir logo. Olhem as fotos dela, antes, durante e depois.
Pessoalmente, prefiro muuuito mais o cabelo dela agora, grisalho, do que antes, loira. 
 
 Rubia Rubita antes (loira) aos 38 anos
 Rubia Rubita durante (decidiu radicalizar ao optar por assumir os brancos) com 38/39 anos
 
Rubia Rubita com os cabelos já maiores e grisalhos aos 40 anos
 
NÃO PODES FAZER UM CABELO  TORNAR-SE BRANCO OU NEGRO.
MATEUS 5, 36b
Então, orem por mim.
Digam o que acham sobre o assunto!
 
 
Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!
 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

TROMBOSE E O ANTICONCEPCIONAL!

 Universitária descobre trombose venosa cerebral após uso contínuo de anticoncepcional

A universitária Juliana Pinatti Bardella, de Botucatu, interior de São Paulo, descobriu uma trombose venosa cerebral após fazer o uso contínuo de anticoncepcionais, recomendados por um médico. Ela narrou sua história pelo Facebook, nesta terça-feira, 2, e tem sido amplamente compartilhada na rede social.

No texto, Juliana conta que procurou uma médica do hospital de sua cidade porque sentia fortes dores de cabeça, mas recebeu apenas um diagnóstico de enxaqueca e não pediu exames neurológicos mais profundos, mesmo depois que ela mesma insistiu para fazer.

"Era sexta-feira, dois dias após ter ido ao hospital. Acordei pela manhã para ir à aula, quando fui levantar da cama minha perna direita não respondeu ao meu comando, mas com algum esforço levantei. Escovando os dentes percebi que minha mão direita também não estava normal. Tentei me vestir, sem sucesso. Aquilo estava muito estranho, então não fui a aula e resolvi esperar passar. Não passou", descreveu.

Depois de ter a visão prejudicada, mais dor de cabeça quando passou o efeito do remédio para enxaqueca passou e não conseguir fazer atividades simples do dia a dia, ela conseguiu autorização para fazer uma ressonância magnética e chegou ao diagnóstico: trombose venosa cerebral, é um tipo de acidente vascular cerebral em que um coágulo de sangue entope uma das veias do cérebro, impedindo a circulação de sangue e a oxigenação.

"Foi um choque, não consegui entender bem o que estava acontecendo, o médico me perguntou se eu tomava anticoncepcional, eu disse que sim, há cinco anos, e então ele disse que essa poderia ser a causa do problema. Cinco anos de Yaz, três ginecologistas diferentes, e nenhum me alertou sobre a trombose, mesmo perguntando a respeito, nenhum falou que seria um risco. Não tenho histórico familiar, não sou fumante e os exames de sangue estavam normais, não tinha predisposição a ter trombose", explicou.

O post já foi compartilhado por 17 mil pessoas em menos de 24 horas e serve como um alerta para mulheres que usam anticoncepcionais.

Leia o texto na íntegra:

"Última cartela. Último comprimido.
Começou com uma pequena dor de cabeça. A dor foi aumentando gradativamente durante três semanas, até ficar insuportável.
Fui ao hospital em Botucatu, onde a médica me receitou remédios para enxaqueca, não pediu nenhum exame e não quis me encaminhar para um neurologista (mesmo com minha insistência), pois disse que não era o caso.
Era sexta-feira, dois dias após ter ido ao hospital. Acordei pela manhã para ir à aula, quando fui levantar da cama minha perna direita não respondeu ao meu comando, mas com algum esforço levantei. Escovando os dentes percebi que minha mão direita também não estava normal. Tentei me vestir, sem sucesso. Aquilo estava muito estranho, então não fui a aula e resolvi esperar passar. Não passou.
Alguns minutos depois peguei o celular para fazer uma ligação, mas foi muito difícil, fiquei muito tempo olhando para a tela sem saber o que fazer, como se tivesse esquecido como manusear um telefone. Deixei o celular de lado e fui ao banheiro, e para o meu maior desespero não sabia mais usar o banheiro, fiquei olhando pela porta e não sabia mais por onde começar, como isso era possível?
Minha visão começou a ficar turva depois de algum tempo. Já não conseguia fazer nada sozinha, não realizava nenhum raciocínio básico.
Minhas amigas que moram comigo me socorreram, me ajudaram a usar o banheiro, fizeram as ligações que eu precisava, me ajudaram a comer, e principalmente, me mantiveram calma para esperar até que minha mãe ,vindo de outra cidade, chegasse.
Meus pais resolveram me levar com urgência para um hospital em São Paulo, na viagem o efeito do remédio para enxaqueca havia passado, a dor voltou muito mais forte.
No hospital realizei alguns exames, administraram três medicamentos para a dor, sem sucesso, a dor continuou forte. Em poucas horas fui chamada para saber o resultado dos exames e na ressonância magnética foi diagnosticada trombose venosa cerebral.
Foi um choque, não consegui entender bem o que estava acontecendo, o médico me perguntou se eu tomava anticoncepcional, eu disse que sim, há cinco anos, e então ele disse que essa poderia ser a causa do problema.
Cinco anos de YAZ, três ginecologistas diferentes, e nenhum me alertou sobre a trombose, mesmo perguntando a respeito, nenhum falou que seria um risco. Não tenho histórico familiar, não sou fumante, e os exames de sangue estavam normais, não tinha predisposição a ter trombose.
Foram três dias dentro da UTI, e um total de quinze dias de internação. A causa era mesmo o anticoncepcional, um remédio que era pra estar me ajudando, mas que ali poderia ter me causado uma seqüela irreparável ou até mesmo algo pior.
De certa forma me culpei por ter ignorado as notícias sobre a trombose que via na internet ou que ouvia falar. Confiava demais no YAZ, confiava demais em mim mesma, pensava que aquilo não iria acontecer comigo.
Após o diagnostico parece que virei um imã de histórias de trombose, ouvi incontáveis casos como: a amiga que teve trombose na perna ou no braço, a outra amiga também com trombose venosa cerebral que teve que realizar cirurgia, a menina que tem que tomar anticoagulante pro resto da vida por causa da trombose, e o pior, como a amiga que morreu de tromboembolismo pulmonar.
Todos os casos eram mulheres jovens e que tomavam anticoncepcional.
Não sou contra o anticoncepcional, acredito que ele traga benefícios sim, mas sou contra a negligência de se receitar anticoncepcional indiscriminadamente sem informar adequadamente seus riscos, e da própria negligência de tomar um medicamento durante tantos anos sem desconfiar que poderia ser prejudicial e poder levar até mesmo a morte.
Mulheres, preocupem-se, pesquisem e perguntem!"

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A FALSA SEGURANÇA DO PRESERVATIVO DE LÁTEX


(a castidade continua sendo o único preservativo eficaz no contágio da AIDS) 


Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz



Imagine que o governo brasileiro distribuísse milhões de coletes a prova de balas a fim de que os brasileiros pudessem praticar “roubo seguro”. Tal atitude, se não fosse cômica, seria insultuosa. Ao fazer isso, o governo estaria chamando os cidadãos de ladrões. Mais que isso: estaria legitimando o roubo. 

“Quem procura o bônus deve aceitar o ônus”. Ninguém tem o direito de roubar. Se roubar, já deve estar contando com a possibilidade de ser preso ou de receber tiros da polícia. Não é função do governo garantir aos ladrões a segurança em seu “trabalho”. 

Coisa semelhante, mas muito pior, está acontecendo agora. O Ministério da Saúde distribui anualmente milhões de preservativos durante o carnaval a fim de que os brasileiros possam praticar “sexo seguro”. Ao fazer isso, o governo está chamando os cidadãos de devassos e libertinos. Mais que isso: está legitimando a devassidão e a libertinagem

“Quem procura o bônus deve aceitar o ônus”. Ninguém tem o direito de unir-se ao corpo alheio antes do casamento (fornicação), de trair o cônjuge (adultério), de vender o próprio corpo (prostituição), de praticar atos antinaturais (homossexualismo). Quem pratica tais pecados contra a castidade, já deve estar contando com a possibilidade de contrair a AIDS ou outra doença sexualmente transmissível. Não é função do governo garantir aos devassos a segurança em suas aberrações. 

Há defensores do governo que dizem que a campanha em favor do preservativo é um “mal necessário”. Argumentam eles que, como hoje é inútil falar de castidade aos jovens e adolescentes, a única “solução” é oferecer-lhes um meio para pecar com segurança. 

Tal argumentação é falaciosa. Para uma população que já se houvesse bestializado a ponto de não querer ouvir falar de castidade, a solução seria alertá-la para os riscos do pecado que pretende cometer. Assim, os libertinos, cientes de que podem contrair uma moléstia mortal e incurável, ainda que levados pelo instinto de sobrevivência, abandonariam a libertinagem. 

Além disso, para decepção dos defensores do “pecado seguro”, os jovens não estão tão endurecidos como se pensa. Prova disso é a ótima aceitação que tem tido no meio juvenil o livro “Descobrindo a castidade”, cuja segunda edição está para ser lançada. Os jovens gostam de desafios. Alegram-se quando veem alguém que não os trata como quadrúpedes. Entendem perfeitamente que não são como os irracionais, escravos dos seus instintos, que na época do cio agridem cegamente o animal do outro sexo para acasalar-se. Compreendem que o instinto reprodutor, presente no homem, deve ser governado pela razão. Daí a necessidade de guardar a virgindade antes do casamento, e de guardar a fidelidade conjugal depois dele. 

Existe pecado seguro? 

Há muito tempo os criminosos estão à procura do crime perfeito. Enquanto isso, o Ministério da Saúde apregoa o pecado seguro. Mas pode haver segurança para quem transgride a lei de Deus? 

São Paulo diz que os gentios (os não judeus), “tendo conhecido a Deus, não o honraram como Deus nem lhe renderam graças” (Rm 1,21). E prossegue: “Por isso Deus os entregou a paixões aviltantes. Suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza (alusão ao homossexualismo feminino); igualmente os homens, deixando a relação natural com a mulher, arderam em desejo uns para com os outros, praticando torpezas homens com homens (alusão ao homossexualismo masculino) e recebendo em si mesmo a paga da sua aberração” (Rm 1,26-27). 

Quem profana o sexo, que é tão sagrado quanto a vida, não deixa de receber o castigo. No exemplo fictício dos ladrões, o colete a prova de balas de maneira nenhuma asseguraria um “roubo seguro”. Mesmo usando o colete, os ladrões poderiam ser atingidos na cabeça, nas pernas ou nos braços. Da mesma forma, o famigerado “preservativo” de maneira nenhuma assegura aos fornicadores, adúlteros, prostitutos e homossexuais um “pecado seguro”.

Contra fatos não há argumentos 

Imagine-se sentado na cadeira de um consultório odontológico e sentindo uma dor alucinante enquanto o dentista aplica a broca sobre um dente cariado. O profissional argumenta que você não pode, de modo algum, estar sentido dor. E isso, por vários motivos: a região foi bem anestesiada; já houve tempo mais do que suficiente para que o anestésico fizesse efeito; e, além disso, a perfuração da broca não foi muito profunda. Pergunto: toda essa argumentação faria a dor desaparecer? Você simplesmente responderia: “Sinto muito, doutor, mas apesar de tudo, estou sentindo dor”. 

Assim, é totalmente inútil que o Ministério da Saúde tente convencer que o preservativo é impermeável ao HIV usando argumentos como este:

Pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos esticaram e ampliaram 2 mil vezes o látex do preservativo masculino (utilizando-se de microscópio eletrônico) e não foi encontrado nenhum poro. Em outro estudo, foram examinadas as 40 marcas de camisinha mais utilizadas em todo o mundo. A borracha foi ampliada 30 mil vezes (nível de ampliação que possibilita a visão do HIV) e nenhum exemplar apresentou poros[1]. 

Toda essa argumentação de que o preservativo não deveria deixar passar o HIV cai por terra diante do fato de que ele deixa passar não só HIV, mas até mesmo o espermatozoide! 


De fato, os preservativos de látex nunca foram considerados um método eficaz de se evitar gravidez (eu disse gravidez e não AIDS). Os preservativos têm uma taxa anual de sucesso de 85% na prevenção da gravidez. Há uma falha de 15%[2]. Ninguém até agora foi louco o suficiente para negar que a mulher que usa preservativo pode engravidar, e que de fato, muitas vezes engravida

Mas convém lembrar duas coisas: 

a) a mulher só engravida em cerca de 6 dias por mês, enquanto o HIV pode infectar uma pessoa durante os 30 dias do mês. 

b) o espermatozoide, que consegue passar pelas fissuras microscópicas do preservativo em 15% dos casos, é 450 vezes maior que o HIV! Só a cabeça do espermatozoide (que mede 3 milésimos de milímetro) é 30 vezes maior que o HIV, cujo diâmetro é 0,1 milésimo de milímetro! 

O que relatei acima são fatos, e contra fatos não há argumentos. Como uma peneira que não consegue reter pedras poderá impedir a passagem de grãos de areia 

Os efeitos da propaganda enganosa 

Ao afirmar categoricamente que o preservativo é impermeável, o Ministério da Saúde está oferecendo ao público uma falsa segurança. O resultado dessa publicidade enganosa é um aumento da prática sexual indiscriminada (antes ou fora do matrimônio, com pessoas do mesmo sexo, com prostitutos e prostitutas...) e, em consequência, o aumento da propagação da AIDS. Isso é coerente com o que admite o Ministério da Saúde sobre o crescimento de infectados entre os jovens: “Em relação aos jovens, os dados apontam que, embora eles tenham elevado conhecimento sobre prevenção da aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, há tendência de crescimento do HIV”[3]. 

Segundo relatório da ONU[4], na América Latina “aproximadamente 10 novas infecções por HIV ocorrem a cada hora” (p. 84). “Tem havido um lento, quase estagnante declínio no número de novas infecções entre 2005 e 2013. [...] Entretanto, em países como o Brasil, com um grande número de pessoas vivendo com HIV, as novas infecções cresceram 11%” (p. 88). 

Segundo o Código de Defesa do Consumidor, “é proibida toda publicidade enganosa ou abusiva” (art. 37, caput). Ao omitir a informação de que o preservativo é permeável e, mais ainda, ao assegurar que ele é impermeável, a União federal está incorrendo em publicidade enganosa. Está incorrendo também em publicidade abusiva, uma vez que “é abusiva, dentre outras, a publicidade [...] que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança” (art. 37, §2º). O Código pune com detenção de seis meses a dois anos e multa a conduta seguinte: “fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança”(art. 68). Além disso, ao infrator é imposta uma contrapropaganda “de forma capaz de desfazer o malefício da publicidade enganosa ou abusiva” (art. 60, §1º). 

Como se percebe, em nosso país essa lei tem sido simplesmente ignorada. Se fosse aplicada, o governo seria forçado a ensinar que não existe segurança fora da lei de Deus. 


Anápolis, 2 de fevereiro de 2015
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz 
Presidente do Pró-Vida de Anápolis


______________

Notas: 
[1] Por que usar a camisinha. Disponível emhttp://www.aids.gov.br/pagina/por-que-usar. 
[2] Cf. JONES, Elise F. & FORREST, Jacqueline Darroch, “Contraceptive Failure Rates Based on the 1988 NSFG (National Survey of Family I Growth)”:'Family Planning Perspectives 24:1 (Jan.-Feb. 1992), pp. 12, 18. Disponível emhttp://www.jstor.org/stable/2135719. 
[3] Aids no Brasil. Disponível emhttp://www.aids.gov.br/pagina/aids-no-brasil 
[4] UNAIDS. The gap report. 16 jul. 2014. Disponível emhttp://ep00.epimg.net/descargables/2014/07/15/af1da747cfd1bb233d64d9ac04939ab1.pdf

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